Se é que se pode convencer o vazio de que pode haver algo pior do que ele, aqui estou como prova. Se é possível fazer perguntas para o tempo: eu odiaria pensar que eu mesma o sou. Se é possível esvaziar o ar que nunca foi retido eu gostaria de aprender a fazê-lo.
E você, meu caro vazio, me pergunta: Por que andas tão só?
E eu não consigo responder-lhe por meio de falas. O que era para ser uma carta apenas é um desabafo para quem nunca desabafou. Em pensar o quanto a felicidade pode ser duradoura, a tristeza pode ser profunda.
E sua segunda pergunta, meu caro vazio, ainda soa em minha memória..." Será que não haveria como mudar?"
Ah...Como é estranho pensar em um papel queimado e tentar voltá-lo ao papel com ideias brilhantes que ele era. Posso ser comparada a isso, pois eu não enxergava o quão brilhante eu era e só percebi quando senti as chamas me queimarem e ao ver no que me tornei.
E o meu desabafo me leva a uma única suposta ideia: Você existiu para me orientar. Posso ver você se tornar uma pessoa amada e eu o vazio que todos repugnam, que esquecem.
Apenas isso. Sua pergunta continua soando... Mas não há resposta, por enquanto. Não estou conseguindo mudar. E todos entendem o que é por isso passar. Preciso de respostas! E esse carta ainda não serve para isso. Apenas para pensar. Apenas para desabafar.
Para o Vazio, Sabrina.
Meu nome verdadeiro, se entendem.
*-*
ResponderExcluirSó não continuo esse comentário por que já viu, né?